Que pais este
Somos o pais do sobe, ainda hoje li a noticia de que em Junho vai subir o Imposto Sobre Produtos Petrolíferos (ISP) o que faz com que os combustíveis passem a ser ainda mais caros. Li também que as taxas moderadoras vão subir, o que faz com que se pague mais para utilizar o serviço público de saúde.
Sobe a gasolina e dizem-nos que temos de andar menos de automóvel, de aproveitar a rede de transportes públicos… Oh sim, mas que rede! Os autocarros urbanos são velhos e poluem mais que 10 carros juntos, os táxis são caros e como se viu no outro dia em Lisboa “enganam-se” muitas vezes a cobrar as tarifas aos clientes, os comboios… ainda passam comboios na Marinha?
Não falo mal por falar, ainda à cinco meses tive na Holanda e vi qual a diferença entre um pais que quer ser de primeiro mundo e um pais que realmente o é.
Só para dar o exemplo, não precisei de sair do aeroporto para apanhar um comboio dos bons para o centro de Amesterdão, chegados lá a cidade é feita para… andar de bicicleta! Quando precisei de ir para Vlissingen entrei na mesma estação e fui com o mesmo conforto que antes mudando apenas uma vez de comboio. Quando quis ir à Bélgica dirigi-me à estação fluvial que se situava na mesma área que os comboios e os autocarros, lá haviam dois barcos iguaizinhos, novos e super confortáveis que andavam cruzados e que partiam de 15 em 15 minutos para fazer uma travessia de 20/25 minutos. Fiquei admirado com tanto conforto e dinheiro empregue pelo estado para fazer uma travessia tão curta (estava habituado a Portugal). Quando cheguei à a terra firme tinha autocarros para todo o lado.
Quase me esquecia, os estudantes tinham 50% de desconto nos transportes públicos…!
Quando a minha namorada precisou de ir a um médico foi… Fácil! Mais fácil era difícil! Foi consultada por uma assistente, que meteu toda a informação no computador, a receita foi logo gerada, a médica viu, concordou e assinou. Simples e rápido, nada de filas e horas intermináveis no consultório, a coisa não durou no seu total mais de 15 minutos, mesmo tendo em conta os normais problemas de comunicação das patologias. No fim a assistente disse o valor da consulta e perguntou se tínhamos seguro, caso tivéssemos seguro a quantia era reembolsada na sua totalidade, lá toda a gente tem. Por fim chegamos à farmácia para levantar a receita, e mais uma vez a surpresa, nada de caixas com dezenas de comprimidos, mais xaropes para isto e placebos para aquilo, apenas a quantidade indicada de medicamento, tipo “toma estes e fica como nova!”.
Não sei se na Holanda pagam mais impostos que nós, mas se pagam são bem empregues. As cidades são feitas para as pessoas. Os transportes públicos são extremamente eficazes, o sistema de saúde pelo que me apercebi é simples e “descomplicado”.
O que me parece correcto é ser o estado a servir as pessoas da melhor maneira possível, criando boas redes de transportes, construindo as cidades para as pessoas respeitando as necessidades da população, criando um sistema de saúde eficaz, um sistema de reformas eficaz, etc. É o estado que tem de servir a população e não o contrário. Em Portugal parece que as pessoas é que têm de financiar o estado e as loucuras de 7 ou 8 estádios de futebol, as entradas e saídas de ministros que tanto dinheiro nos custam, as constantes trocas de veículos topo de gama desses mesmos ministros, os sacos azuis, os jogos de interesses, etc.
Dei o exemplo da Holanda porque deu para me aperceber de certas coisas enquanto estive lá, é claro que lá não é tudo perfeito, mas acredito seja melhor que cá. Vlissingen era uma cidade maior que a Marinha e não vi um Pingo Doce, mais um Intermarché, mais um Modelo, mais um Carrefour, mais um E. Leclerc (não refiro aqui o Lidl porque havia lá um). Não vi prédios enormes e feios e casas de azulejo… lá, vi muita coisa diferente!
Beijos e abraços!!!
Sobe a gasolina e dizem-nos que temos de andar menos de automóvel, de aproveitar a rede de transportes públicos… Oh sim, mas que rede! Os autocarros urbanos são velhos e poluem mais que 10 carros juntos, os táxis são caros e como se viu no outro dia em Lisboa “enganam-se” muitas vezes a cobrar as tarifas aos clientes, os comboios… ainda passam comboios na Marinha?
Não falo mal por falar, ainda à cinco meses tive na Holanda e vi qual a diferença entre um pais que quer ser de primeiro mundo e um pais que realmente o é.
Só para dar o exemplo, não precisei de sair do aeroporto para apanhar um comboio dos bons para o centro de Amesterdão, chegados lá a cidade é feita para… andar de bicicleta! Quando precisei de ir para Vlissingen entrei na mesma estação e fui com o mesmo conforto que antes mudando apenas uma vez de comboio. Quando quis ir à Bélgica dirigi-me à estação fluvial que se situava na mesma área que os comboios e os autocarros, lá haviam dois barcos iguaizinhos, novos e super confortáveis que andavam cruzados e que partiam de 15 em 15 minutos para fazer uma travessia de 20/25 minutos. Fiquei admirado com tanto conforto e dinheiro empregue pelo estado para fazer uma travessia tão curta (estava habituado a Portugal). Quando cheguei à a terra firme tinha autocarros para todo o lado.
Quase me esquecia, os estudantes tinham 50% de desconto nos transportes públicos…!
Quando a minha namorada precisou de ir a um médico foi… Fácil! Mais fácil era difícil! Foi consultada por uma assistente, que meteu toda a informação no computador, a receita foi logo gerada, a médica viu, concordou e assinou. Simples e rápido, nada de filas e horas intermináveis no consultório, a coisa não durou no seu total mais de 15 minutos, mesmo tendo em conta os normais problemas de comunicação das patologias. No fim a assistente disse o valor da consulta e perguntou se tínhamos seguro, caso tivéssemos seguro a quantia era reembolsada na sua totalidade, lá toda a gente tem. Por fim chegamos à farmácia para levantar a receita, e mais uma vez a surpresa, nada de caixas com dezenas de comprimidos, mais xaropes para isto e placebos para aquilo, apenas a quantidade indicada de medicamento, tipo “toma estes e fica como nova!”.
Não sei se na Holanda pagam mais impostos que nós, mas se pagam são bem empregues. As cidades são feitas para as pessoas. Os transportes públicos são extremamente eficazes, o sistema de saúde pelo que me apercebi é simples e “descomplicado”.
O que me parece correcto é ser o estado a servir as pessoas da melhor maneira possível, criando boas redes de transportes, construindo as cidades para as pessoas respeitando as necessidades da população, criando um sistema de saúde eficaz, um sistema de reformas eficaz, etc. É o estado que tem de servir a população e não o contrário. Em Portugal parece que as pessoas é que têm de financiar o estado e as loucuras de 7 ou 8 estádios de futebol, as entradas e saídas de ministros que tanto dinheiro nos custam, as constantes trocas de veículos topo de gama desses mesmos ministros, os sacos azuis, os jogos de interesses, etc.
Dei o exemplo da Holanda porque deu para me aperceber de certas coisas enquanto estive lá, é claro que lá não é tudo perfeito, mas acredito seja melhor que cá. Vlissingen era uma cidade maior que a Marinha e não vi um Pingo Doce, mais um Intermarché, mais um Modelo, mais um Carrefour, mais um E. Leclerc (não refiro aqui o Lidl porque havia lá um). Não vi prédios enormes e feios e casas de azulejo… lá, vi muita coisa diferente!
Beijos e abraços!!!